No último sábado, durante a Feira do Livro no Pacaembu, em São Paulo, aconteceu uma cena digna de filme: Marina Lima estava lá, toda empolgada, recitando o poema “Quase”, do seu amado irmão Antonio Cicero, quando, do nada, um sujeito resolveu fazer uma entrada triunfal no palco!
Sem se apresentar, o intruso agarrou o microfone e começou a despejar protestos, deixando a plateia em clima de déjà vu de “quem é esse?”. A confusão rapidamente gerou uma onda de olhares de espanto, e em pouco tempo, dois seguranças apareceram, como super-heróis em ação, para retirar o invasor do palco. Sem agressividade, porque violento só nas ideias do cara.
Depois do alvoroço, Marina, com a calma de uma verdadeira campeã, retomou sua leitura. E para a alegria do público, ao pronunciar “Quase” novamente, as pessoas não conseguiram segurar o riso, transformando o clima de tensão em risadas descontraídas. O evento seguiu, mas com um toque de humor inesperado!
Além da talentosa Marina, a mesa contava com a poeta Beber, a editora Alice Sant’Anna e o músico Arthur Nogueira, todos juntos para celebrar a genialidade de Antonio Cicero, um dos grandes nomes da literatura brasileira contemporânea.
Cicero, que faleceu aos 79 anos em outubro de 2024, optou por uma morte assistida após ser diagnosticado com Alzheimer. Ele era conhecido não apenas por suas obras filosóficas e poéticas, mas também por compôr letras icônicas ao lado da irmã, como “Fullgás” e “Pra Começar”. A escolha de Marina em recitar “Quase”, que foi musicado por Caetano Veloso, só mostrava o forte laço artístico e afetivo entre os dois. Mas, ah, a apresentação ganhou um sabor especial com a surpresa do manifestante, que garantiu que a homenagem fosse lembrada para sempre!
