No último sábado, dia 21 de junho, a Feira do Livro no Pacaembu, em São Paulo, teve um momento digno de filme. Enquanto a incrível Marina Lima recitava o poema “Quase” de seu irmão, o poeta Antonio Cicero, um intruso não convidado resolveu dar uma de “estou aqui para protestar!” e pulou no palco!
Sem se apresentar, ele tomou o microfone e começou a falar um monte de coisas que deixaram o público em choque. Imagine a cena: todo mundo ali, em um momento de homenagem poética, e o cara interrompendo com um protesto! A tensão foi tão palpável que parecia até filme de ação. Mas os seguranças estavam prontos e logo, sem muito drama, retiraram o manifestante do palco, como se fosse só mais um convidado que se empolgou demais.
Assim que a poeira assentou e Marina pôde continuar, o clima mudou na mesma hora. Ao pronunciar “Quase” novamente, a plateia caiu na risada, como se dissesse: “Ok, estamos de volta, galera!”
Junto com Marina, estavam no evento a poetisa Beber, a editora Alice Sant’Anna e o músico Arthur Nogueira, todos celebrando a obra de Antonio Cicero, que é um verdadeiro ícone da literatura brasileira contemporânea.
Infelizmente, Cicero faleceu em outubro de 2024, aos 79 anos, após a decisão de optar pela morte assistida. Ele ficou conhecido não só por suas poesias filosóficas, mas também por letras marcantes em parceria com sua irmã, como “Fullgás” e “Pra Começar”.
A escolha de Marina por recitar “Quase”, que até ganhou música do Caetano Veloso, foi uma bela homenagem ao laço que eles compartilhavam. E mesmo com a interrupção bombástica, a homenagem teve seu brilho! Como dizem por aí, nem toda interferência é negativa, né?
