A Justiça de São Paulo deu um belo “não, obrigado” aos líderes da Igreja Universal do Reino de Deus por tentarem censurar o documentário “O Diabo no Tribunal”, que está dando o que falar na Netflix. Os bispos Edir Macedo e Renato Cardoso achavam que podiam tirar da plataforma algumas cenas de cultos que aparecem no filme. Spoiler: não rolou!
Esse documentário gringo investiga um caso de assassinato nos States, onde o réu alegou que estava possuído por um demônio. Para dar aquele tchan na história, o filme incluiu algumas imagens das famosas sessões de exorcismo da Igreja Universal, que rolam em várias partes do mundão.
A relatora do caso, desembargadora Viviani Nicolau, foi bem clara ao afirmar que não teve uso errático das imagens. Em sua decisão, ela lembrou que os bispos são figuras públicas super conhecidas e que as cerimônias são abertas para todo mundo. Ela ainda destacou o caráter jornalístico do documentário, o que significa que não era necessário pedir permissão para usar as imagens.
No dia 14 de abril, a 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo bateu o martelo de forma unânime: tentar censurar aquelas cenas seria tirar um chapéu na cara da liberdade de expressão, o que a Constituição não aceita.
A Netflix, por sua vez, fez uma dancinha da vitória. Eles enfatizaram que o documentário não critica diretamente a Igreja Universal nem faz acusações aos seus líderes, e que as imagens são apenas para contextualizar a trama, sem nenhum ataque embutido.
Ainda bem que a Justiça brasileira está de olho na proteção das obras documentais, especialmente quando elas têm um papel informativo e de interesse público.
E para quem estava preocupado, fica a boa notícia: “O Diabo no Tribunal” segue firme e forte na Netflix, prontinho para quem quiser assistir! E olha que essa não é a primeira vez que a Igreja Universal tenta barrar representações na mídia. Na verdade, eles já entraram com processos contra livros, reportagens e várias coisas por aí, mas a Justiça sempre se posicionou contra qualquer tipo de censura prévia. Então, siga o baile!