Na noite de segunda-feira, 20 de outubro, a estreia de “Três Graças” na TV Globo foi como aquele clássico que ganha uma nova versão, só que com muito mais brilho e alegria. O público foi à loucura e deu aquele grito de “É isso que eu queria ver!”.
A nova trama traz Aguinaldo Silva de volta, e o cara não decepciona! Ele entrelaçou temas sociais à narrativa, que é leve mas também profunda. A ideia é mostrar algumas mazelas do dia a dia, mas sem deixar o astral lá embaixo.
O trio da vez é de arrasar: Dira Paes, como a Lígia, é a matriarca que enfrenta desafios e cria sua filha sozinha; Sophie Charlotte, na pele da Gerluce, é a jovem determinada a mudar seu destino; e Alana Cabral, como Joélly, brilha ao lado das feras e mostra que tem presença de sobra. Cada uma delas traz uma energia única que faz a trama vibrar, mesmo que algumas reviravoltas não sejam tão bem encaixadas.
Dira, com sua atuação, faz a gente sentir cada emoção – da força à fragilidade, tudo na medida certa. Sophie brilha em cenas que fazem o coração acelerar, como quando Gerluce aparece com uma bomba: “Agora me diz: você está vendendo algum homem com elas?”, e a tensão no ar é palpável! Alana, por sua vez, equilibra a leveza da juventude com a seriedade das situações, provando que o casting foi caprichado.
Melhores Momentos da Estreia
- A gravidez na adolescência como pano de fundo: assunto seríssimo, mas tratado de forma envolvente. O autor trouxe à tona a vida de três gerações de mães solo.
- A saúde delicada da Lígia, que dá uma urgência e mostra a fragilidade da terceira idade.
- Arlete Salles, como Josefa, é um achado! Ela encarna o cuidado familiar e o preconceito com os mais velhos, uma abordagem rara nas novelas que vemos por aí.
- O embate de Gerluce com o motorista de aplicativo: “Favela sim! Lugar de gente honesta e trabalhadora!” – eita, resumiu tudo!
- São Paulo não é só cenário, mas um personagem à parte na direção de Luiz Henrique Rios, trazendo a cidade à vida nas telinhas.
O roteiro tem fluidez e uma linguagem que conversa com todo mundo, sem exageros, mas com aquele toque popular que a gente adora. Aguinaldo Silva sabe como deixar tudo interessante.
Claro, a estreia também teve seus “perrengues”. Algumas falas pareceram meio robotizadas, como quando Lígia explica por que Gerluce trabalha na casa de Arminda. Um pouco de naturalidade não faria mal, né?
Mas, falando do saldo final, é positivo e super relevante! A novela mostra que não é preciso reinventar a roda para impactar. Às vezes, um bom arroz com feijão bem feito é tudo que a gente precisa.
Falando do elenco, Dira, Sophie e Alana juntas são uma explosão de talento! Dira voltou com tudo, Sophie brilha como protagonista, e a jovem Alana não fica atrás. A química entre elas é palpável e isso ajuda a criar um vínculo que o público sente na pele. O conflito não é só entre mocinha e vilã – tem essa tensão geracional que deixa tudo mais interessante. A vilão da vez, Grazi Massafera, também entrega tudo, embora alguns críticos vejam influências de novelas mexicanas.
“Três Graças” é, portanto, uma combinação de tudo que a gente ama: elenco afiado, direção que sabe o que faz e um texto que provoca reflexão. Para quem busca um novelão com emoção e tramas humanas, a estreia acertou na mosca e promete fazer história nas novelas das nove!