A primeira noite do Festival Nômade, em São Paulo, foi um verdadeiro espetáculo de energia e emoção, tudo isso com Ney Matogrosso à frente. Aos 83 anos, o ícone da música brasileira mostrou que não só resiste ao tempo, mas realmente brilha, levantando a plateia com seu carisma legendário e uma performance vibrante.
Vestido com um figurino de paetês dourados que refletia as luzes do palco, Ney invadiu o espaço com o hit “Eu quero é botar meu bloco na rua”! Depois disso, foi só sucesso, com um repertório que fez a galera vibrar. Teve desde os clássicos como “Pavão Misterioso” até uma versão funky de “O Último Dia”, do Paulinho Moska, que pegou o público de surpresa.
E não parou por aí! A plateia estava recheada de convidados especiais, como Daniela Mercury, Malu Verçosa, José Loreto e Dani Calabresa, que aplaudiam de pé, completamente encantados com o show. O amor por Ney estava mais do que evidente, sendo uma verdadeira celebração entre gerações.
E a escolha do repertório? Maravilhosa! Ney ainda nos presenteou com “Estranha Toada”, do pernambucano Martins, e “Tua Cantiga”, de Chico Buarque, trazendo um toque suave que contrastou perfeitamente com os momentos de pura adrenalina da apresentação.
A voz de Ney, clara e firme, encheu o ar e manteve todos grudados, enquanto sua performance era pura sinergia com a banda, misturando música e teatro com maestria. Uma verdadeira aula de como se fazer um show.
Para completar, ele voltou aos holofotes em um momento super especial: a cinebiografia “Homem com H”, que fala sobre sua incrível trajetória e aborda temas como sexualidade, censura e sua importância na cultura brasileira. E ver Ney no palco, logo após a pré-estreia do filme, trouxe ainda mais intensidade à presença dele.
E para fechar com chave de ouro, ao som de “Pro Dia Nascer Feliz”, o público se uniu em um canto coletivo, quase uma oração. Apesar das regras do festival que impediram um bis, o eco dos aplausos ainda reverberava no ar após as luzes se apagarem.
Ney Matogrosso provou mais uma vez que idade é só um número e que, quando a arte é verdadeira, transcende o tempo. Se reinventa e continua a nos encantar noite após noite!