Nana Caymmi, que nos deixou no dia 1º de maio, aos 84 anos, era a diva do amor nas canções, mas sua vida amorosa foi um verdadeiro novela mexicana! Entre os inúmeros capítulos da sua história, um dos mais memoráveis foi o romance com Gilberto Gil, que começou lá em 1967, quando os dois estavam se lançando na carreira. O relacionamento até que foi rápido, mas deixou marcas que até hoje fazem barulho.
A talentosa artista tinha acabado de brilhar ao vencer o I Festival Internacional da Canção da TV Globo com “Saveiros”, uma criação genial do irmão dela, Dori, e do Nelson Motta. E junto com Gil, lançou a famosa “Bom dia” no III Festival de Música Brasileira da TV Record. Mas, como toda boa história de amor, a relação não durou muito, terminando em 1968. Mas antes disso, ela ainda gravou um compacto com os icônicos Mutantes, que a acompanharam em canções como “Alegria, alegria” e “O penúltimo cordão”.
Em 2012, Nana revisitou essa época e se divertiu lembrando: “Os Mutantes eram jovens, ingênuos e faziam vocais ótimos. Eu vivi a Tropicália de todas as formas, só não a entendia!” E, claro, não deixou de alfinetar a famosa passeata contra as guitarras elétricas: “Ah, mas o Gil foi na conversa da maluca da Elis. Aproveitei a passeata para ir à praia!” Clássica!
Mas com o tempo, parece que o clima entre Nana e Gil esfriou e eles trocaram farpas. Em março de 2019, Nana resolveu soltar o verbo, atacando Gil e outros colegas da MPB, deixando claro seu apoio a Jair Bolsonaro. “Tudo chupador de pau de Lula”, disparou, sem papas na língua. “Então, vão pro Paraná fazer companhia a ele. Eu não me importo!”, completou.
Gil, por sua vez, preferiu manter a classe em meio ao barraco. Ele definiu a ex-esposa como “desbocada” e fez uma comparação com a própria mãe, dizendo algo como: “Ela tem uma forma única de se expressar, tanto para o bem quanto para o mal.” Afinal, quem nunca teve um momento “sinceridade total”, não é mesmo?
Apesar das alfinetadas, Gil confirmou que eles não guardavam rancor: “Nós temos paciência e amor por ela. Como Dorival, seu pai, teve para com Stella, sua mãe.” É isso mesmo, música é amor!
E não parou por aí: Nana também foi casada com João Donato, de 1972 a 1974, e com Claudio Nucci, de 1979 a 1984, sempre levando a intensidade das suas relações pra vida íntima, assim como fazia nos palcos. E assim, a história dessa artista incrível continua a ressoar, com romance, música e uma dose de polêmica!