A Justiça do Rio de Janeiro decidiu soltar o cantor Marlon Brendon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo, na noite de 2 de junho. Tava todo mundo ansioso, mas as notícias boas chegaram: a prisão temporária foi devidamente revogada!
O rapaz foi parar na cadeia no dia 29 de maio, quando os agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) invadiram seu condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes. A razão? Apologia ao crime e uma suposta conexão com o tráfico de drogas, em especial com a facção Comando Vermelho. O que rola é que os caras da polícia disseram que o MC faz show em áreas dominadas por traficantes armados, e suas músicas seriam um verdadeiro “vamos lá, galera, use drogas e armas!”
Além disso, a DRE apressou-se em afirmar que as facções estavam usando esses eventos para aumentar os lucros com o tráfico. O barco começou a balançar quando alguns vídeos de um baile funk na Cidade de Deus começaram a circular.
Mas calma! O desembargador Peterson Barroso, da Segunda Câmara Criminal, não ficou com isso muito tempo. Ele determinou a soltura do MC, dizendo que a prisão era desnecessária e que faltava fundamento. O magistrado também não se conteve e criticou o jeito como tudo foi feito. Ele afirmou que Poze foi “algemado e exposto de maneira desproporcional”, como se fosse um grande astro do crime.
O desembargador ainda lembrou que o MC já havia sido investigado em outra ocasião e saído ileso. Segundo ele, o verdadeiro problema não eram os artistas, mas sim os chefs do crime que estão por trás de tudo isso. É como se estivesse dizendo: “Vamos atrás de quem realmente faz o mal, não do artista no palco!”
Falando em regras, MC Poze agora tem que seguir uma lista de medidas cautelares, incluindo comparecer ao juízo todo mês, não vazar da cidade enquanto as coisas são analisadas e manter o telefone à disposição da Justiça. Além disso, está proibido de se comunicar com pessoas envolvidas no caso ou mudar de endereço sem avisar. Ah, e entregar o passaporte! Melhor não dar ideia de fuga, né?
O advogado dele, Fernando Henrique Cardoso Neves, ficou radiante com a decisão. Ele disse que foi uma “decisão serena”, uma verdadeira reinvindicação da liberdade e do direito à presunção de inocência!
A prisão de MC Poze gerou um verdadeiro rebuliço. Artistas e intelectuais saíram em defesa do cantor, reclamando que esse tipo de prisões é um ataque à cultura negra no Brasil. Muitos afirmam que as letras dele só falam da realidade nas comunidades e não incentivam nada criminoso. O curioso é que, ao mesmo tempo, filmes e novelas que tratam de temas parecidos não recebem o mesmo tratamento!
Fernando também puxou a brasa para a sua sardinha, lembrando que o samba já foi criminalizado e que essa tentativa de “deslegitimar” gêneros musicais é uma história antiga. Para concluir, ele comentou que isso tudo é parte de uma narrativa que exclui e marginaliza as manifestações artísticas. E assim, a vida continua, com muito funk no ar!
