Ícaro Silva Revela: “Meus Pais Aceitaram Minha Identidade Queer Desde Pequeno!”

Redação
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Ícaro Silva, com seus 38 anos de pura energia, sentou-se com Paulo Lima no programa TripFM na última sexta-feira. O cara abriu o coração e fez uma viagem no tempo, relembrando sua infância em Diadema, no ABC Paulista, onde as dificuldades estavam na esquina, com um pé na frente do outro. Ele contou que a família perdeu a casa numa enchente, e que a violência policial quase levou sua mãe. Um verdadeiro roteiro de drama, mas que, surpreendentemente, não quebrou seu espírito.

“Me considero um sobrevivente. A arte foi a minha salvação! Meus pais logo perceberam que eu era um mini artista, talvez até uma criança queer, e me empurraram pra esse universo”, disparou, com aquele brilho nos olhos que só quem encontrou sua vocação sabe ter. O papo também esbarrou em temas pesados, como o preconceito. “Entendi desde cedo que o racismo é uma limitação cognitiva. Quando sofria com isso, sabia que o problema não era eu, mas sim o outro”, refletiu.

Ícaro ainda compartilhou uma experiência chocante de 2018, envolvendo a polícia no Rio. “Nenhuma classe social muda a condição de ser uma pessoa preta no Brasil. Fui baleado pela polícia militar porque, na cabeça deles, não deveria haver homens negros em carros de luxo. Carrego um projétil no braço até hoje, como um lembrete de que a segurança é uma ilusão”, confessou. É, a cor da pele realmente manda no primeiro capítulo da vida.

Falando sobre sua carreira, ele não deixou de criticar a representatividade negra no audiovisual brasileiro: “Estamos tão atrasados. Essa luta começou há 70 anos, e, por muito tempo, fui o único preto em cena. O racismo brasileiro tem essa mania de transformar a gente em ‘token’, uma figura única que representa toda uma negritude. Protagonista negro e gay numa novela? Nunca vi isso na TV!”

Além de tudo isso, Ícaro revelou que vem novidade por aí: depois de brilhar na novela “Garota do Momento” na Globo, ele estará em breve na série “Máscaras de oxigênio (não) cairão automaticamente” da HBO Max, que retrata a epidemia do HIV no Brasil nos anos 80. Preparem-se que esse show promete!

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