A Justiça de São Paulo decidiu ouvir o clamor de Gretchen e mandou o X, que foi o Twitter, apagar de vez um vídeo falso dela. Feito com inteligência artificial, o clipe botou a rainha do rebolado em um “show” inventado, esquisito e com um nome curioso: “Cabaré da Cinderela”. Ninguém pediu isso, nem mesmo a Gretchen!
Além de surtar com a repercussão negativa, a artista resolveu procurar a Justiça em abril, lembrando um episódio antigo da sua campanha para a prefeitura de Itamaracá, em Pernambuco, lá de 2010. Um detalhe quente é que a juíza Camila Rodrigues Borges de Azevedo decidiu que o X não só teria que retirar o vídeo do ar como também entregar informações do responsável por essa obra de arte da desinformação.
E adivinha? A juíza exigiu que o X revelasse o IP do autor do vídeo, um dado que pode ajudar a descobrir quem teve a brilhante ideia de espalhar essa calúnia. Enquanto isso, o X tentou se defender falando sobre um tal artigo 19 do Marco Civil da Internet, que diz que plataformas só podem ser responsabilizadas se não cumprirem ordens de retirada. Mas no caso da Gretchen, o vídeo saiu assim que a ordem foi dada, o que livrou o X de uma sanção ainda maior.
Porém, nossa juíza não quis deixar barato e decidiu seguir com a responsabilização, mandando quebrar sigilos para rastrear a origem do material. A revolta dos fãs foi forte, e o caso levantou um debate sobre o uso irresponsável de deepfakes na internet.
Enquanto isso, o STF está de olho na revisão desse artigo 19. A maioria dos ministros já se mostrou a favor de mudanças que permitirão que redes sociais sejam responsabilizadas por conteúdo ilegal mesmo antes de uma ordem judicial. E assim, o caso da Gretchen virou mais um alerta de como as leis sobre o mundo digital precisam de uma repaginada urgente!
