O ex-jogador da Seleção Brasileira de vôlei, Everton “Boi”, infelizmente, teve um desfecho trágico e chocante em Cuiabá, onde foi encontrado sem vida dentro de seu carro, após levar três tiros. E tudo isso em plena luz do dia, como se fosse um filme de ação em que o protagonista não saísse vivo. Everton tinha apenas 46 anos, e seu último momento parece ter sido uma verdadeira cena de filme de terror, com ele perdendo o controle do carro depois da balacragem e batendo em outro veículo.
A trama ainda envolve um suspeito que ficou no carro durante a ação e desapareceu antes da polícia chegar. As investigações da polícia dão a entender que Everton pode ter sido refém antes de todo o episódio. Uma mulher publicou um relato na delegacia sobre como seu ex-marido teria sequestrado o ex-jogador algumas horas antes do crime. Para completar, o carro encontrado foi o mesmo usado no suposto sequestro. Drama de novela, não?
O delegado responsável pelo caso, Rogério Gomes, acredita que a motivação para esse crime pode ter um pé em assuntos amorosos. Mas os investigadores estão a todo vapor, ouvindo testemunhas e reunindo provas, em busca da verdade por trás desse mistério.
### Carreira marcada por títulos e força em quadra
Nascido em Várzea Grande, Everton começou sua saga no vôlei quando ainda era calouro, com 16 anos. Foi convocado para a Seleção Brasileira infanto-juvenil e participou da conquista do título mundial em 1995, em Porto Rico. No ano seguinte, deu um show e se sagrou campeão sul-americano no Paraguai.
Com 1,97m de pura força, Everton rapidamente se destacou nas quadras. Seu talento o levou a grandes clubes no Brasil, como Fiat/Minas e Vôlei Futuro, além de conquistar o mundo jogando no NEC Blue Rockets no Japão, onde virou ídolo local.
Ele também teve passagens pela Espanha e Argentina, e, mesmo após encerrar a carreira em 2009, não se afastou do vôlei, incentivando jovens talentos através de projetos sociais e ações em Mato Grosso.
### Legado esportivo e raízes familiares em Várzea Grande
Filho do ex-goleiro João “Fagundão”, Everton cresceu rodeado de esportes nos bairros Cristo Rei e Jardim Glória. O pai, que jogou pelo Operário Várzea-grandense nos anos 80, certamente inspirou a paixão dele pelo esporte.
Desde a adolescência, Everton já era um prodígio do vôlei, acumulando troféus e chamando a atenção da mídia. Além de ser um atleta notável, sempre esteve envolvido com o vôlei local, sendo lembrado por sua generosidade e pelos marcos que deixou na comunidade.
A Federação Mato-grossense de Vôlei lamentou sua partida, ressaltando o impacto que Everton teve no esporte da região. Até mesmo depois de sua morte, ele continua sendo uma referência e exemplo de dedicação.