Milhares de cariocas tomaram a Praia de Copacabana no último domingo, 14 de dezembro, dando um show de protesto que misturou política e cultura a bordo de muita música e discursos afiados. O motivo? Um descontentamento feroz com a proposta de anistia e a redução de penas para aqueles que se meteram na bagunça golpista.
O evento foi uma festa da resistência, com um line-up de artistas famoso que fez o protesto de setembro parecer uma versão fraquinha. Com 18,9 mil participantes voando alto em Copacabana – e deixando São Paulo, com seus humildes 13,7 mil, para trás – a galera mostrou sua força de forma vibrante. Mas, vamos ser honestos: ainda não bateu o recorde dos 41,8 mil que compareceram em setembro para barrar a tal da PEC da Blindagem. Mas quem disse que números são tudo?
As contagens foram feitas com imagens aéreas daqueles dronzinhos que adoram filmar multidões e adotaram uma margem de erro de 12%. Portanto, a estimativa de presentes variou entre 16,7 mil e 21,2 mil – e independente do número exato, a mensagem estava mais que clara: a democracia tá nas mãos do povo!
Começando a festa sob o sol escaldante, um trio elétrico marcou presença na altura do posto 5, e quem teve a honra de abrir os trabalhos foi o lendário Caetano Veloso, que esquentou a galera com “Alegria, Alegria”. O repertório dele não decepcionou, passando por clássicos como “Gente” e “Podres Poderes”. A atriz Fernanda Torres, recebida como ícone, subiu ao palco para lembrar a todos que a luta é pela floresta, pela mulher e pela democracia. Ela ficou aplaudida de pé! Junto a Chico Buarque, em um momento de emoção, atacou com “Vai passar”, levando a multidão ao delírio.
E não parou por aí: Gilberto Gil, Lenine, Emicida, Duda Beat, Fernanda Abreu e Xamã também passaram máquinas de som por lá, enquanto Paulo Vieira, o mestre de cerimônias, se jogava entre discursos sérios e interações empolgantes com o povo.
Essa manifestação em Copacabana foi parte de uma onda de protestos rolando pelo Brasil, incluindo cidades como Belo Horizonte, Curitiba e Brasília. Em São Paulo, o agito rolou na famosa Avenida Paulista, tudo após a Câmara aprovar aquele projeto de lei polêmico que, na prática, dá uma facilitada para quem já deu vexame na política.
O movimento foi puxado por uma galera de artistas e influenciadores que, com suas vozes, tentaram “devolver o Congresso ao povo”. Entre eles, os já conhecidos nomes como Otávio Muller e Sophie Charlotte, que estavam ali, bem na prainha perto do trio, em clima de confraternização.
Xamã se destacou, puxando gritos pela causa indígena enquanto fazia a galera vibrar com o funk “Eu só quero ser feliz”. No meio de tudo isso, teve até momento cômico, quando Paulo Vieira avistou Antonio Pitanga de chapéu e óculos escuros no meio da massa e fez todo mundo aplaudir.
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que está passando por um perrengue com seu mandato suspenso, também deu as caras, mostrando que a luta continua, independente de obstáculos.
E assim, a Praia de Copacabana se transformou em um mar de vozes que, bem alto, deixa claro que a resistência é viva e a luta pela democracia nunca será em vão!