O Ministério Público da Bahia decidiu entrar na dança e processou a cantora Claudia Leitte por discriminação e intolerância religiosa. O motivo? Mudanças nas letras de suas músicas que costumavam fazer homenagens a religiões de matriz africana.
A polêmica estourou quando alguns vídeos de antigas performances de Claudia começaram a rodar nas redes sociais. Neles, a diva trocou o verso em que exaltava a rainha Iemanjá, usando o nome “Yeshua”, que está mais pra Jesus do que pra qualquer orixá. E claro, a galera não deixou barato!
A iyalorixá Jaciara Ribeiro, junto com o Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro), decidiu levar o caso até a Promotoria. Eles não estavam felizes com a versão remixada de Claudia e acharam que a coisa pegava pesado.
Na ação formal apresentada, o MP-BA sinalizou que essa troca de referência em músicas tão internacionais é nada menos que um “ato de discriminação religiosa” e um tapa na cara do nosso patrimônio cultural, que está protegido pela Constituição. Os promotores, como a Lívia e o Alan, realmente acreditam que isso vai além de uma improvisação artística – é uma tentativa de apagar a cultura afro-brasileira do mapa.
E o que o MP quer? Eles pedem que Claudia Leitte pague uma bolada de R$ 2 milhões por dano moral coletivo (sim, é pra pesar no bolso), que a grana vá pro Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos ou para entidades relacionadas às religiões afro-brasileiras. Além disso, eles querem que ela faça uma retratação pública em um canal famoso e que proíba qualquer ato discriminatório em suas apresentações ou redes sociais. Ou seja, não é só pra gravar uma live e fazer cara de arrependida.
O assunto também trouxe à tona um debate mais amplo sobre direitos autorais. Afinal, os autores têm o direito de preservar suas obras. E, se os compositores originais não deram seu aval, fica complicado mexer na letra, não é mesmo? Somado a isso, as religiões afro-brasileiras são reconhecidas como patrimônio cultural imaterial, o que significa que elas merecem um cuidado especial.
Claudia, inteligente como sempre, comentou sobre o assunto durante o Festival Virada Salvador, dizendo que racismo é uma SERIA questão, que merece discussões profundas e não julgamentos rasos. Ela afirmou que valoriza o respeito e a integridade, e que isso não deve ser tratado no “tribunal da internet”.
Até agora, a assessoria da estrela não soltou uma declaração oficial sobre a treta. Mas, nas redes sociais, o falatório continua. Fãs, artistas e críticos discutem sobre a representação cultural, liberdade artística e o respeito às tradições afro-brasileiras, e parece que essa história ainda vai dar o que falar.
Resumindo, o imbróglio de Claudia Leitte colocou na roda questões culturais e legais que vão muito além de um simples repertório musical, e a gente está aqui, de olho, esperando os próximos passos dessa novela!