Na última segunda-feira, dia 21 de julho, uma operação da Polícia Civil no Joá, Zona Oeste do Rio, virou um verdadeiro carnaval de confusão e gritaria. O rapper Oruam, que estava em casa, acabou numa encrenca danada quando os policiais descobriram que um adolescente, com um mandado de busca e apreensão, estava na sua residência.
E quem era esse jovem? Um segurança de Edgar Alves de Andrade, o Doca, chefão do Comando Vermelho e notório por algumas atividades de “desvio” de veículos. Quando o adolescente saiu acompanhado de Oruam, a polícia não perdeu tempo: mandaram bala na abordagem!
O cantor, já no clima do “help me!”, fez um apelo nas redes sociais para seus fãs: “Quem tiver de moto, dá um rolê no Joá e me ajuda, porque os ‘policiais’ estão na minha porta!” A situação escalou rápido, com Oruam soltando os cachorros e chamando o delegado Moysés de tudo quanto é nome: “Ei, Moysés! Tu é czão! Filh da p**a! Tá tudo gravado!”
Enquanto o caos reinava, uns amigos do rapper, que estavam fora de casa, decidiram apimentar a festa e mandaram pedras na picape da polícia, acertando um agente. E em meio à confusão, o adolescente conseguiu dar no pé!
Depois da fuga, a polícia resolveu entrar na mansão do artista e prendeu um dos amigos que agrediu os agentes. O rapaz foi autuado por resistência, desacato, lesão corporal e tudo que não presta.
Oruam, por sua vez, não ficou calado e foi pra rede novamente, gravando um vídeo onde desafiava todo mundo: “Olha só, galera, tem mais de 20 viaturas na minha porta! O delegado que me prendeu e tentou me colocar na cadeia, eu consegui sair!”
E o circo não terminou por aí. Logo depois, Oruam apareceu em um vídeo no Complexo da Penha, um verdadeiro desafio às autoridades, levantando novas suspeitas sobre sua relação com o tráfico.
Diante de tudo isso, o secretário da Polícia Civil do Rio, Felipe Cury, não poupou palavras: “Se antes havia dúvidas, agora não tem mais. O artista periférico é um bandido da pior espécie”, berrou em uma entrevista na TV. Ele acrescentou que Oruam tem ligações diretas com o tráfico e chamou seu rolê de provocação às autoridades.
Oruam, que já tinha passado pela delegacia em fevereiro por abrigar um foragido, tá acostumado com esse tipo de história. Naquela vez, a polícia também encontrou um traficante em sua casa, junto com uma pistola 9 mm e munição.
E como se isso não bastasse, o rapper é filho de Marcinho VP, conhecido por várias transgressões, e ainda carrega tatuagens que homenageiam o pai e outros criminosos de alta periculosidade. É pra rir ou pra chorar?
