A BBC News Indonésia deu uma escorregada feia e compartilhou um vídeo com imagens sensíveis do corpo de Juliana Marins. E não demorou para o público reagir. A galera nas redes sociais não perdoou a falta de respeito e sensibilidade do veículo. Diante da tempestade de críticas, a emissora teve que apagar o vídeo e se desculpar no X (o antigo Twitter), dizendo:
“Observação: removemos o vídeo anterior sobre os esforços do resgate da brasileira no Monte Rinjani porque ele continha imagens que mostravam o estado da vítima. Pedimos desculpas.”
Juliana estava com a mochilinha nas costas explorando a Ásia desde fevereiro, passando por lugares incríveis como Filipinas, Vietnã e Tailândia. Mas, em um momento infeliz durante uma trilha no Monte Rinjani, ela escorregou e despencou 300 metros, deixando todo mundo em choque.
As equipes de resgate, com drones e muita coragem, enfrentaram neblina e um terreno bem complicado para localizar o corpo dela. O Itamaraty mandou representantes para acompanhar tudo de perto.
A abalo emocional nas redes sociais foi geral. Uma pessoa no X comentou: “Vocês não têm um pingo de respeito pela Juliana e pela família dela, isso ficou claro com a postagem antiga de vocês. Vergonha de um jornalismo assim.” Outro usuário foi ainda mais direto: “Sua falta de empatia é horrível, assim como sua ética jornalística precária… alguém precisa ser responsabilizado.”
Esse episódio reacendeu o debate sobre ética no jornalismo, especialmente em casos de tragédias que envolvem brasileiros. A retratação da BBC é um passo, mas muitos ainda acham que as imagens não deveriam ter sido divulgadas.
Juliana Marins, 26 anos, era publicitária e mochileira. Infelizmente, ela perdeu a vida em um trágico acidente de trilha no Monte Rinjani no dia 20 de junho, e seu corpo foi encontrado quatro dias depois, a cerca de 600 metros da trilha principal. Uma história triste que nos faz refletir.