O grandioso sonho do cantor Akon de criar uma cidade futurista no Senegal deu uma capotada. Apresentada como uma megalópole moderna e sustentável, a tal Akon City tinha como alvo um investimento bilionário de US$ 6 bilhões, ou seja, uns R$ 33,5 bilhões em dinheiro brasileiro, coisa de deixar qualquer um de queixo caído.
O artista fez floreios ao anunciar que o projeto transformaria 800 hectares em Mbodiène, na beira do mar senegalês, em um centro urbano de respeito. Ele estava tão animado que garantiu que a ideia estava “100.000% em movimento”. Mas, depois de cinco anos de espera, o único movimento que se viu foi o vento passando pelo terreno vazio. Até agora, nada de hospital, shopping, escola ou delegacia. O que restou foi apenas um prédio de recepção que ainda está em obras — e que obras! Nem sinal de estradas ou luz por ali.
Serigne Mamadou Mboup, um representante da agência senegalesa Sapco, não teve como esconder que a Akon City “não existe mais”. Ele explicou que a grana não apareceu e as obras foram paralisadas, colocando a proposta na gaveta.
Agora, embora o projeto tenha naufragado, o governo senegalês resolveu dar uma sobrevida à ideia e negociou com Akon uma alternativa mais compatível com a realidade. O novo plano promete ser ajustado e, quem sabe, até trazer alguns benefícios para a população local, já que é ali que o cantor passou parte da infância.
Porém, até agora, nenhuma data ou valor foi revelado, nem quais serão os novos edificios dessa nova alternativa. Até as fontes ligadas ao governo estão tratando isso como um jeito de não deixar que a estrela do Akon apague de vez.
Resumindo: a Akon City virou um símbolo de “quero, posso, mas não consigo”. Com tanta bagunça e poucos avanços visíveis, fica difícil não ficar desconfiado da viabilidade desse antigo sonho!
