"Tô Fora! No Japão, Até Demissão é um Esporte Radical!"
Se a Páscoa tá na nossa cola, o Japão tá lá, se preparando pra sua própria maratona de folga: a Golden Week! Mas, amigo, nesse feriado não é só chocolate que tá em jogo. Logo depois desse carnaval de descanso, vem a famigerada "doença de maio" que deixa os trabalhadores nipônicos sem saber se vão rir ou chorar, e ainda faz com que o sistema trabalhista do país entre em parafuso!
"Saindo pela Tangente: Quem Paga a Conta da Demissão?"
Imagina ter que pagar pra sair do emprego? Pois é, no Japão isso não é só uma piada de mau gosto, é um novo normal! O povo tá recorrendo a agências online que cobram entre 20.000 e 50.000 ienes (uma bagatela que vai de uns 818 a 2.045 reais) pra ajudar a deixar o emprego. E olha que as agências não andam paradas! Elas recebem até 150 pedidos por dia após a Golden Week. Já pensou? “Oi, você pode me ajudar a mandar embora meu chefe que acha que sou um robô?”
E essa ajuda toda não é só pra escrever uma carta de demissão bonitinha, não! As agências se viram até pra notificar o chefe e cuidar da negociação. Tô passada!
"Uma Corda Bamba entre Lealdade e Neurose"
E aqui embaixo, a gente fica espantado com a lealdade da galera japonesa, que dá um nó na garganta só de pensar em sair. O problema? Tem chefe que acha que pode rasgar a carta de demissão do funcionário e sair ileso! Com uma cultura que mistura lealdade e um ambiente de trabalho que se parece mais com um campo de batalha, a coisa fica complicada. Tem gente se matando de trabalhar, com 20% da moçada de 30 a 40 anos batendo a marca de 49 a 59 horas por semana, e ainda uns 15% que empurram a barra pra 60 horas. Se isso não é um convite à loucura, eu não sei mais o que é!
E a cereja do bolo? O Japão tem quase 3.000 suicídios relacionados ao trabalho por ano. É, meu amigo, a pressão tá pesada e o que era pra ser uma cultura de trabalho digna se transformou num caldeirão de estresse.
No fim das contas, o que tá pegando é que não é só chocolates e coelhinhos que andam pulando por aí no final de abril. É preciso prestar atenção no que acontece depois da festa, porque quando a folga acaba, a realidade pode ser bem amarga.