Li Tarzan e a Disney ainda não está nem perto do que realmente importa!

Redação
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Título: Tarzan: O Rei da Selva que Virou Rei das Adaptações!

Ah, Tarzan! Quem nunca se emocionou com as músicas do Phil Collins enquanto via o “menino da selva” balançando entre as árvores? A Disney fez dele um ícone, mas a verdade é que o Tarzan original tem uns detalhes que fariam até o lesso mais corajoso pensar duas vezes antes de encarar essa história de dente-de-leão.

Já faz tempo que eu queria ler o clássico de Edgar Rice Burroughs, mas encontrar uma edição decente por aqui é quase como buscar um Wi-Fi gratuito numa selva. O amor pela versão original me levou a um sebo, onde o Tarzan em inglês, olá, estava à venda! Era como encontrar um tesouro escondido entre livros empoeirados!

Agora, se você acha que pagar U$ 9,90 (só alguém com ironia conseguiria isso) por um livro é um bom negócio, deixe eu te contar: a leitura pode ser pura roleta russa. O texto foi escrito em 1912! Isso significa que as expressões e conceitos que a gente hoje torce o nariz estão lá, em gloriosa exibição. Eita, a época tinha um jeito bem "peculiar" de tratar certos assuntos!

Sabe aquela parte da trama onde Burroughs apresenta uma babá negra com traços caricatos? Isso sem contar o vilão que Tarzan rouba suprimentos… O que seria um ângulo favorável, acaba escorregando para a estante dos estereótipos. A Disney, com sua habilidade ninja, deu uma alavancada e ignorou essas partes, porque, convenhamos, ficou melhor sem toda essa "bagunça".

E falando em bagunça, me diga: o que foi aquela mudança hierárquica de personagens? No livro, a Jane é mais uma donzela em perigo do que um ícone feminista. Enquanto na adaptação, a moça até ensina Tarzan a escrever e discursa sobre a importância da autonomia. Um brilho nos olhos, uma tapa na cara dos clichês!

E quanto ao Clayton, meu amigo? No livro ele é parente de Tarzan, mas virou o grande vilão na animação. No filme, ele é um loser que não coloca nem um modesto arroz com feijão no prato.

Agora, a violência no livro… Olha, é de fazer a Disney entrar em pânico! Tarzan caçando e não só pegando os bichos de maneira bonitinha. Nah, ele quer pelagem para fazer suas roupas! Que exagero! Burroughs não fez a fácil escolha do elefante amigo. O autor virou a chave e mostrou como a selva é bruta, sem questões. E sim, os gorilas se tornaram canibais porque "por que não?" – dá até para imaginar o Burroughs tomando um café e escrevendo isso sem um pingo de remorso.

Em meio a essa mistura de brigas e romances, a história se desenrola com uma pitada de “sou filho de um lorde” e “ah, não vou contar sobre minha fortuna”. No fim, o Tarzan ficou sem a Jane e a história arranja um jeito triste de terminar. Mas calma, porque tem sequência e tudo se resolve no próximo livro… quem pode resgatar o amor verdadeiro?

Resumindo a novela: Tarzan foi uma aventura e tanto, mas quem assistiu ao filme da Disney e depois pegou o livro pode ter se decepcionado um pouco, porque, né, a adaptação de animação realmente dá um show. Então, pelo menos, pelo menos… fica a lição de que as adaptações nem sempre são só “cinema de pipoca!”. E talvez, só talvez, eu dê uma chance para o John Carter na próxima! Isso é uma história que promete mais emoção do que parentes em festa de família.

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