Dinossauros, Mercenários e um Roteiro Que Deu Um Piteco!
Quando a ideia é mais antiga que os dinossauros!
Vamos combinar: se alguém já pensou em abrir um parque com dinossauros de verdade, deve ter sido o Michael Crichton, lá no fundo de sua caverna literária. Em pleno século 21, será que a light bulb no cérebro da Universal acendeu de novo com "Jurassic World: Recomeço"? Spoiler: não exatamente. A ideia de reinventar a roda (ou melhor, o T-Rex) parecia promissora, mas a chance de ouro escorregou como um velociraptor em uma ladeira.
Um “filmaço” cheio de ideias… Mas e a parte boa?
A premissa? Um time de mercenários, um executivo mais sem escrúpulos que trânsito em dia de chuva e um discípulo do famoso Alan Grant se juntam para coletar sangue de dinossauros gigantes. Tudo isso para uma pesquisa farmacêutica que promete curar doenças cardíacas! Sério, quem precisa de médicos e remédios quando se pode confiar em sangue de dinossauro?
Ah, e para deixar tudo mais família e bonitinho, a história ainda traz uma família sendo atacada por dinossauros no meio da travessia do Atlântico. Porque, claro, o que é um filme de dinossauro sem a presença de crianças gritando?
Coincidências no estilo “oi, tudo bem?”
Pense em todas aquelas coincidências absurdas que não fazem sorrir nem um pouco. O barco da família sendo atingido e salvo? Normal, né? E o roteiro dá a entender que, quanto mais burro você for, melhor. Tem uma cena aleatória onde a Zora, interpretada pela Scarlett Johansson, se abre sobre seus traumas, mas só se você estiver preparado para uma conversa que vai a lugar nenhum.
Uma ilha tão maluca que rivaliza com o mundo de Alice!
E a tal ilha de testes de híbridos, cheia de mistérios? Um errozinho no passado liberou um híbrido que, por acaso, ainda tá por lá, sussa. E para deixar tudo mais insano, o grande predador não combina nem com a média da ilha, mas tá lá na hora certinha que a trama precisa.
Pior, a geografia é tão confusa que me lembrou que eu poderia estar assistindo a um documentário de viagens exóticas, com templos antigos aparecendo do nada, como se falar em dinossauros fosse a coisa mais normal do mundo.
Um “recomeço” que nem começa direito!
Em suma, “Recomeço” é como um dinossauro de pelúcia: fofo, mas não empolga. O filme entra pro rol das produções que não sabem muito bem onde estão pisando, tendo cenas até interessantes em meio a um mar de picuinhas e confusões. No fim das contas, o que fica é a sensação de que, por mais que a Universal tenha tentado evitar a nostalgia, o resultado foi tão desinteressante que o povo vai preferir ver filme de tartaruga do que gastar um centavo em mais dinossauros.
A única certeza que temos é: dinossauros e híbridos não mexem mais com o coração de ninguém! 🦖💔