Côndrulos: Os tijolinhos malucos do espaço!
Por décadas, a galera da ciência ficou pirando com uma pergunta: de onde surgiram os côndrulos? Essas bolinhas simpáticas de silicato, que mais parecem gude de infância, são os protagonistas dos meteoritos que caem na nossa Terra. Basicamente, são os tijolos da construção dos asteroides, e, por extensão, dos planetas. Um novo estudo, assinado por Sin-iti Sirono e Diego Turrini, traz uma resposta que é uma mistura de elegância e pancadaria cósmica: a culpa é do nascimento do Júpiter, o grandão do rolê!
Fala sério, como isso rolou?
Entre as diversas peças do quebra-cabeça cósmico que despencam na nossa atmosfera, encontramos essas bolinhas rochosas entre 0,1 e 2 milímetros, os côndrulos. Elas são tão populares que podem compor mais de 80% de alguns meteoritos, indicando que sua criação foi um evento em massa, logo lá no comecinho do sistema solar. Os cientistas dizem que essas belezuras são a base de onde os planetas rochosos, como a nossa Terra, tomaram forma. Mas, até então, ninguém tinha a manha de explicar como se formaram!
Culpa do Júpiter: O estilingue cósmico
E aí que entra o estudo mais recente. Os pesquisadores arrasaram nas simulações numéricas e mostraram que a chegada de Júpiter, aquele gigante do sistema solar, foi como um rockstar causando um frenesi no palco. À medida que o Júpiter crescia e sua gravidade se intensificava, ele começou a fazer uma bagunça com as órbitas dos planetesimais, que são as rochas precursoras dos planetas. Imagina uma festa onde o dono da casa começa a dançar e derrubar tudo!
O estudo revela que Júpiter, como um verdadeiro chefe, lançou uma galera de planetesimais em velocidades de tirar o fôlego (mais de 2 km/s!) diretamente para dentro do sistema solar, onde se esbarraram com as rochas já estabelecidas. Uau!
Colisões e explosões: O espetáculo da criação
As simulações mostraram o verdadeiro caos que rolava nessas batidas. Com a potência do impacto, uma quantidade gigantesca de silicato derretido era produzida instantaneamente. E não parou por aí: o gelo que vinha junto com os planetesimais não derretia, mas virava vapor na hora, criando uma imensa nuvem cósmica. Essa explosão cósmica agia como um spray intergaláctico, espalhando pequenas gotículas de rocha derretida por toda parte e resfriando-as na boa. Palmas para a ciência!
A hora da verdade: o nascimento de Júpiter
E a parte mais legal? Esse estudo nos deu a chance de datar o nascimento de Júpiter com uma precisão de mestre. Os cientistas descobriram, através da datação dos meteoritos, que a grande festa dos côndrulos aconteceu cerca de 1,8 milhão de anos após os primeiros solzinhos do sistema solar, os famosos CAIs.
As simulações mostraram que a queimação de rocha derretida bateu lá em cima exatamente quando Júpiter estava naquela fase hard de crescimento. Então, podemos concluir que Júpiter estava dando seus primeiros passos como um planeta gigante cerca de 1,8 milhão de anos após o começo da balada cósmica.
Essa descoberta não só desvendou um mistério antigo da nossa origem, mas também nos deu um relógio para entender a formação do nosso espaço querido. E olha que as coisas não foram nada calmas, mas resultado da bagunça e do nascimento explosivo do nosso vizinho gigante cósmico!