Desta vez, a "Noite" Não é das Mais Brilhantes!
Ah, meus amigos, quando vi o anúncio do “Elden Ring Nightreign”, meu coração bateu mais forte do que bateria de carnaval! Chefes de Dark Souls entrando no jogo da galera do Martin e Miyazaki? Eu já estava sonhando em me tornar o Lorde Prístino da Noite! Mas a felicidade foi tão efêmera quanto paçoca em semana de festa junina. Depois de algumas jogatinas, a empolgação foi pro beleléu e o que sobrou foi uma nuvem de interrogações.
"O que está pegando, Nightreign?"
Calma lá, não pense que estou dizendo que o jogo é uma catástrofe! Na verdade, parece mais uma casquinha vazia do sanduíche de filé mignon que já foi “Elden Ring”. A profundidade das Terras Intermédias foi substituída por uma jogatina de “bate e volta” que, convenhamos, pode ser legal pra quem está começando, mas para os veteranos, é como comer pipoca sem sal: até engana, mas cadê a graça?
Em vez da longa saga de se tornar um Lorde Prístino, a pegada agora é sobreviver em pequenas doses, enfrentando até o solitário Lorde da Noite em apenas três dias. Temos quatro personagens à disposição, que mais parecem uma seleção de lanchonete: a Duquesa (que desmaia fácil!), o Selvagem (equilíbrio é o nome do jogo!), a Reclusa (a sabichona) e o Guardião (mais forte que muita gente por aí). O típico formato de aventura foi jogado pro lado e a receita agora é um tal de roguelite que faz você quebrar os dentes nas dificuldades do dia a dia.
Ousadia na Exploração, Frustração na Magia
Como se não bastasse, os magos vão querer jogar as varinhas pelo céu, porque a mágica está com os dias contados! Cadê o Frasco de Lagrimas Cerúleas? Agora a mana é escassa e só aparece quando você encontra uma “árvore azul misteriosa”. Ué, mas não era pra ter mais recursos por aqui?
Em compensação, a movimentação do personagem está mais rápida do que maratona de Netflix, e o mapa, apesar de menor que Limgrave, não deixa de ser divertido de explorar. A corrida está mais ágil, e você pode escalar como se tivesse tomado café com um macaco!
Jogando no Modo "Relembra a Nostalgia"
Vamos falar das partidas rápidas. Aqui o jogo ganhou uma seção de “jogo do dia” que dura cerca de uma hora! E, gente, não dá pra acreditar que os chefes pela milésima vez são as mesmas caras conhecidas. O Demônio Centopeia voltou para nos deixar inquietos e Morgott, o Rei Agouro, fez a sua aparição triunfal. Olha, podem pôr glitter nesses chefes, mas sem novidades fiquei com um gosto amargo de má vontade.
"Tem mais chefes na taberna!"
Quero deixar claro que, por mais que “Elden Ring Nightreign” tenha me decepcionado, ainda há um brilho ali! É verdade que, ao longo das partidas, a diversão pode até pipocar pelo ar, especialmente quando você joga com amigos. Mas, cá entre nós, se comparar com as grandiosas experiências de Elden Ring e Shadow of the Erdtree, é um balde de água fria jogando em um fogueirão.
Fico pensando: com um lançamento de R$ 200,00, eu esperava mais do que esta visão retrô da nostalgia! Se até o God of War Ragnarok fez um negócio de roguelite sensacional de graça, o que temos aqui? Algo capenga e sem tempero. Vamos ver o que o futuro nos reserva, mas, por enquanto, vou continuar sonhando com o Elden Ring que conheci e amei, porque esse “Nightreign” ainda tem muito chão pela frente.