A Revolução do Anime: Quando uma Pastora e um Limpador de Chaminés Mudaram a História!
Um filme que quase virou fumaça!
Senta que lá vem história! O anime, essa delícia que a gente adora, tem suas raízes fincadas no Japão há mais de cem anos. No entanto, foi na década de 1950 que a coisa realmente decolou! Imagine só: a indústria japonesa de animação estava lá, firme e forte, mas quem deu aquele empurrãozinho? Os clássicos da Disney e… um filme francês que quase virou água!
Sim, estou falando de "A Pastora e o Limpador de Chaminés" – um título digno de conto de fadas que estreou na badalada Veneza em 1952. O filme, baseado na obra de Hans Christian Andersen, traz uma pastora e seu amigo limpador de chaminés fugindo de um rei malvado. Esses dois personagens, originalmente presos em uma tela de pintura, ganharam vida e tudo ficou uma loucura!
Quando a grana acabou e a criatividade falou mais alto!
A ideia era fazer um megasucesso que deixasse Hollywood comendo poeira! Mas como a vida nem sempre é um mar de rosas, os produtores se viram sem grana e o filme foi lançado incompleto, com apenas quatro quintos prontos! E olha que o diretor Paul Grimault saiu furioso, mas seu parceiro André Sarrut decidiu exibir a obra assim mesmo. Para a alegria (ou desespero) de Grimault, o filme bombou!
"Nem imposto, nem crítica, nem os mimimis da intelectualidade bloquearam a estreia do danado", diz um historiador que deve ter dado boas risadas com essa situação.
O filme que conquistou o Japão – e o coração dos criativos!
Olha essa, a Pastora e o Limpador não era só um desenho para criança; era arte com A maiúsculo! Inspirada em movimentos artísticos de dar inveja, a animação foi um verdadeiro ímã para os gênios da nova geração de animadores japoneses. Os notáveis Hayao Miyazaki e Isao Takahata, que mais tarde fundariam o Studio Ghibli, foram como cães atrás de osso, absolutamente fascinados.
Takahata até contou que, sem esse filme, ele nem teria entrado na Toei Doga! Ele ia aos cinemas desenhar como um louco, copiando cada frame. Isso sim que é amor pela arte, hein?
Questão de espaço – e um pouco de genialidade!
Miyazaki e Takahata se conheceram anos mais tarde, mas o impacto de "A Pastora e o Limpador de Chaminés" já tinha feito tudo mudar. Miyazaki ficou de queixo caído com a adaptação em mangá e a forma como a animação explorava o espaço, enquanto o resto da galera na Toei ficou tão encantada que passou a exibi-la como um mantra criativo.
Miyazaki, em um devaneio nostálgico, descreveu a cópia que conseguiram como um "desastre milagroso", mas também algo digno de estudo, quase como um tesouro encontrado na poeira do sótão.
Uma segunda chance nunca é demais!
E depois de anos, Grimault ainda tentou relançar o filme como "O Rei e o Rouxinol", mas ninguém quis saber dessa nova versão. A galera do Ghibli já tinha seu coração conquistado pela versão original, mesmo incompleta. Quando finalmente foi relançado no Japão nos anos 2000, o Studio Ghibli se transformou no seu maior defensor.
E assim, a Pastora e o Limpador de Chaminés se tornaram um pedaço essencial da história da animação, provando que mesmo os projetos mais problemáticos podem se transformar em clássicos! Porque, no fim das contas, a infância nunca acaba, e a mágica do anime só cresce!