Na noite dessa terça-feira, 11 de novembro, o programa “The Noite”, do SBT, vai receber um convidado pra lá de especial: Rodrigo Pimentel! O cara é um verdadeiro faz-tudo: palestrante, roteirista, escritor e, ainda por cima, pós-graduado em Sociologia. Pra completar, ele é um capitão veteraníssimo do BOPE, aquele grupo que ninguém quer encontrar em um beco escuro.
Durante o seu bate-papo, Pimentel vai falar sobre a Mega Operação que rolou no final de outubro no Rio de Janeiro, considerada um dos maiores ataques contra o Comando Vermelho. Ele é taxativo: mesmo não chamando a operação de “sucesso” (por conta das perdas tristes entre os policiais), ele enfatiza a importância do Estado retomar as áreas dominadas pelo crime. “As facções agem como ditadores nas comunidades, expulsando e explorando os moradores”, ele explica com um olhar sério.
Rodrigo ainda dá uma colher de chá e diz que ações como a que atingiu o QG do Comando Vermelho têm impacto imediato na redução da violência. “Só de a polícia dar uma passada no barraco do Doca, dando um ‘oi’ para 120 integrantes e prendendo 90, vai fazer com que, durante um tempo, o Rio de Janeiro tenha um clima de paz,” brinca ele.
E ele não para por aí! Pimentel comenta também a recepção da galera às operações e como muitos moradores apoiam esses esforços. Mas, não se engane: ele também toca no assunto da expansão das facções para outras áreas do Brasil, como a Bahia e o Ceará. “O Rio tá com 22 homicídios por 100 mil habitantes, enquanto o Ceará tem 37,5 e a Bahia mais de 40. Ou seja, o Rio tá na boa, mas adivinha onde o governo federal coloca todo o foco? Sim, no Rio!”
Ele ainda lança uma pitada de realidade ao dizer que, sem apoio federal, ocupar áreas dominadas é missão quase impossível. E só para você ter uma ideia, no Complexo do Alemão precisariam de uns cinco mil homens, como se fosse uma invasão de filme de ação.
Pimentel não tem papas na língua e considera as facções como verdadeiros grupos terroristas. Ele aponta que a reação do Comando Vermelho à Mega Operação seguiu o manual das organizações terroristas: drones e armas de guerra na mão. E não para por aí! Ele explica que o roubo de celulares é só mais uma parte de uma mega estrutura criminosa global. “Muitos aparelhos vão parar na África! É uma organização que sabe onde o crime vai acontecer e, pasmem, funciona com uma eficiência vergonhosa. Isso, na minha opinião, teria que ser punido com, no mínimo, cinco anos de cana.”
Prepare-se para uma noite cheia de reflexão, risadas e um pouco de tensão no The Noite!