Deborah Albuquerque decidiu abrir o coração e compartilhar algumas histórias de terror do seu passado, quando fazia parte do grupo de axé “As Ronaldinhas”, lá pelos primórdios dos anos 2000. Em uma entrevista animada no podcast “Sem Filtro”, comandado pela Luiza Ambiel, ela contou sobre as agruras que enfrentou aos 15 anos.
Naquela época em que o axé bombava mais que festa de réveillon, os bastidores eram um verdadeiro campo minado de abusos. Deborah mandou na lata: “A mídia era bem mais pesada, e na boa, não tinha proteção nenhuma pra gente, mulherada! Era diretor achando que podía fazer o que quisesse. Um dia, na época das ‘Ronaldinhas’, levei um tapa de um adulto. Imagina a cena: uma adolescente apanhando na cara e sem ter a quem recorrer!” E assim, a vida dela na música foi marcada por muitas situações complicadas.
“Eu era só uma menina, sem experiência, cercada de adultos em ambientes de dar medo. A dona das ‘Ronaldinhas’ me deu um tapa! E minha mãe, coitada, nem pensou em processar ninguém. Naquele tempo, se você contasse que um diretor tentou te assediar, quem saía como louca era você!”, lembrou. Pois é, só o diretor saía na boa!
Deborah também lembrou de um diretor da TV, que já bateu as botas, e que não se tocava mesmo. “Ele me fazia propostas absurdas, e eu, sempre de cara dura, mandava ele se danar. Resultado? As portas se fecharam pra mim com frequência”, revelou.
No fim das contas, ela refletiu sobre ser uma artista tão jovem. “Ainda tô tentando entender se foi bom ou ruim ter começado cedo. Perdi um pedaço da minha adolescência, enquanto a galera estudava, eu tava em turnê, cantando sem parar. Isso ainda pesa na minha cabeça,” concluiu, pensativa. E aí, será que valeu a pena? É uma pergunta que fica no ar!
