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Há anos, os cientistas observam as “zonas azuis” com uma mistura de fascínio, desconfiança e uma pergunta premente: Há lugares onde as pessoas geralmente desfrutam de vidas mais longas e saudáveis? É mais fácil encontrar pessoas centenárias em certas regiões do planeta, como Okinawa (Japão), Ikara (Grécia) ou na Sardenha? E se sim, por quê? Um grupo de pesquisadores finlandeses acredita ter encontrado um novo candidato à “zona azul” a oeste de seu país, uma descoberta que pode nos ajudar a entender melhor essas áreas misteriosas.
Por enquanto, eles já conseguiram gerar expectativa.
O que aconteceu? Algum tempo atrás, um grupo de pesquisadores da ÅboAkademi, uma universidade com sede em Turku (Finlândia), propôs um objetivo peculiar: descobrir se uma parte de seu país se encaixa nas características do que é comumente conhecido como ‘zonas azuis’, áreas geográficas que se destacam pela alta longevidade e hábitos de vida saudáveis de seus habitantes, duas realidades que os especialistas acreditam estar diretamente relacionadas.
Para ser mais preciso, os cientistas nórdicos se concentraram em um punhado de territórios da antiga Finlândia Ocidental: a região de maioria sueca de Ostrobótnia, Ostrobótnia do Sul e as Ilhas Åland. Como explicam no artigo em que contam as conclusões, a ideia era analisar os indicadores de longevidade e depois descobrir se os melhores resultados correspondiam às cidades em que as pessoas desfrutam de um estilo de vida mais saudável.
Mas… O que é essa “zona azul”? Regiões onde as pessoas (aparentemente) desfrutam de vidas mais longas e saudáveis do que o normal. Não é um conceito novo. Suas origens podem ser rastreadas pelo menos até 2004, quando a revista Experimental Gerontology publicou um extenso estudo sobre a população centenária da Sardenha, Itália. Nele, os autores marcaram com essa cor (azul) as regiões do mapa em que os dados de longevidade eram mais altos.
Além de identificá-los geograficamente, os pesquisadores especularam que esses indicadores poderiam ser explicados por fatores como nutrição, estilo de vida ou proliferação de características genéticas que favoreceram os habitantes locais.
O fato é que isso das ‘zonas azuis’ agradou e pouco depois, em 2005, um jornalista da National Geographic o usou em outro artigo no qual falou de três regiões do planeta em que, em média, a população desfrutava de vidas mais longas e (igualmente importante) saudáveis: Okinawa, no Japão, Loma Linda, na Califórnia, e a Sardenha. O texto se baseia na mesma ideia: o fenômeno se conecta com certos hábitos saudáveis nesses territórios, como dietas nutritivas, atividade física, controle do estresse e consumo moderado de álcool, entre outros.
E o que eles descobriram na Finlândia? Os pesquisadores de Åbo identificaram uma série de fenômenos curiosos que, em resumo, os levaram a concluir que a região de Ostrobótnia “poderia ser uma zona azul”, com uma população caracterizada por sua alta expectativa de vida, saúde e hábitos de vida positivos. No entanto, essa é apenas uma de suas conclusões. E talvez não o mais interessante. Para entender, é necessário conhecer o estudo e os números em que ele se baseia.
Quais números? Os mais interessantes são os de longevidade. De acordo com dados coletados no Journal of Aging Research nas Ilhas Åland, a expectativa de vida entre os bebês que vieram ao mundo entre 2020 e 2022 era de 83,5 anos, em Ostrobótnia de 83,1 e em Ostrobótnia do Sul de 81,8. Qualquer um desses dados excede a média da Finlândia (81,6) e a média da UE, que é de cerca de 81,5.
Globalmente, a expectativa de vida ao nascer em 2022 era de 72,6 anos e, de acordo com a Statista, essa média global não se aproximará da de Ostrobótnia até o final do século. Claro, é uma média global. Segundo o IBGE, um brasileiro nascido em 2022 tem 75,5 anos de expectativa de vida, para comparação.
E o que isso nos diz? A equipe de Åbo não se limitou a estudar os registros de longevidade. Afinal, há muito tempo as zonas azuis não são analisadas apenas com base em dados demográficos. Os especialistas também levam em consideração fatores como “estilo de vida e saúde”, o que inclui relações sociais, dieta, atividade física ou até mesmo propósitos de vida. Ao levar em conta esses parâmetros, os especialistas chegaram a uma conclusão: a relação entre eles (longevidade e as características das áreas azuis) não são tão óbvias quanto se poderia esperar.
O que significa? Que os maiores dados de longevidade não estão necessariamente nas regiões que melhor se encaixam nas características ideais de uma “zona azul”. Parece confuso, mas é melhor entendido com um exemplo. A região mais antiga do estudo foi Åland, uma área que efetivamente apresenta bons dados de saúde, mas “se desvia de vários princípios” do que poderia ser considerado o estilo de vida ideal. Em parte da Ostrobótnia, algo diferente acontece: o estilo de vida saudável é bem implantado e, no entanto, sua expectativa de vida é menor do que em outras áreas.
Qual é a conclusão? Há várias. Para começar, os pesquisadores chegaram à conclusão de que, se você levar em conta os dados de idade, saúde e implantação do estilo de vida próprio das áreas azuis, a parte que fala sueco em Ostrobótnia poderia perfeitamente ser considerada um daqueles redutos que se destacam por sua longevidade. Assim como outras regiões do planeta, como Okinawa, Ikara ou Ogliastra.
No entanto, a pesquisa mostra outra leitura mais interessante, especialmente para futuros estudos sobre áreas azuis: ao analisá-las, é importante levar em conta o contexto. “A possível coerência entre longevidade, saúde e estilo de vida pode variar em diferentes contextos culturais, políticos, sociais e econômicos”, observa o artigo, que reconhece que seus dados demonstram que “as regiões nórdicas com maior longevidade não aderem necessariamente ao estilo de vida das zonas azuis”. Em outras palavras, eles insistem: “Os princípios de estilo de vida importantes para a longevidade podem variar em diferentes regiões”.
Por que é interessante? Porque além das implicações que pode ter para a Finlândia Ocidental, suas autoridades, médicos e demógrafos, a pesquisa traz novos dados e chaves para o estudo das zonas azuis, um conceito que nos últimos anos despertou dois sentimentos: fascínio e ceticismo. Desde que a National Geographic publicou seu artigo, o conceito tem gerado debate e desconfiança daqueles que alertam que sua base científica não é sólida.
Em 2019, o Dr. Saul J. Newman lançou um artigo afirmando que as aparentes concentrações de cidadãos centenários nem sempre são reais. Especificamente, ele citou o caso dos EUA, onde a chegada das certidões de nascimento fez com que os casos de pessoas “supercentenárias” (aquelas com mais de 110 anos) despencassem surpreendentes 82%. O motivo? Simples. Os registros passaram a ser mais precisos, o que reduziu o risco de erros ou mesmo fraudes.
É uma nuance importante, pois pode ser uma das chaves, adverte Newman, que explica as supostas concentrações de pessoas centenárias nas zonas azuis.
Imagens: Carlos “Grury” Santos (Unsplash), Tapio Haaja (Unsplash) e Akademi.
**Traduzido por João Paes.
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