Na madrugada de quarta-feira, 20 de agosto, o mundo do humor brasileiro ficou um pouco mais triste com a partida do ator Carlos Sebastião Prata, o eternamente “Grande Otelo Filho”. Ele faleceu na Unidade de Pronto Atendimento de Copacabana, no agito da Zona Sul do Rio de Janeiro, aos 70 anos.
O peso de carregar o sobrenome de um dos maiores ícones do humor brasileiro era só uma parte da sua história – e que história! Nos últimos anos, Otelinho enfrentou uns bons perrengues. Além de ter se afastado dos palcos desde 2021, ele passou por dificuldades financeiras e, segundo informações de amigos, precisou de uma força da galera do meio para ajudar a custear seu sepultamento.
“Cuidamos dele com carinho. O Otelinho, filho de um grande homem do cinema, estava passando por algumas barras pesadas e isso me deixa bem triste”, comentou Hugo Gross, presidente do Sindicato dos Artistas. Na quinta-feira, 21 de agosto, o grande artista será homenageado no Cemitério do Catumbi.
A trajetória de Carlos Sebastião teve seus altos e baixos. O cara, que também era conhecido como Nininho, estava na luta contra a adversidade e o racismo para manter a chama da arte acesa. O último brilho em sua carreira na telinha foi uma participação na novela “Gênesis” da Record, em 2021, onde ele interpretou um sacerdote. Ele até falou na época que retornar ao set foi como “renascer”, cheio de esperanças para novos projetos. Contudo, a vida é feita de reviravoltas, e ele acabou mergulhando em problemas pessoais, chegando até a viver nas ruas e buscando ajuda em clínicas de reabilitação.
Em maio, ele ainda teve a chance de participar de um debate em Uberlândia, sua terra natal, sobre o documentário “Othelo, o Grande”, que conta a história de seu famoso pai. A partida do Grande Otelo Filho nos lembra que, por trás do brilho do palco, muitos artistas enfrentam batalhas que o público raramente vê. Fica aqui um lembrete: talento é só uma parte do jogo, e a vida pode ser cheia de desafios.
