Vanderson, interpretado por Armando Babaioff, não tem papas na língua e escancara toda a treta que rolou no relacionamento dele com Ellen (Camila Pitanga) em “Dona de Mim”. Numa conversa com Tânia (Aline Borges), o cara, que é o rei do golpe, acha que formava a dupla perfeita do crime com Ellen.
“Se eu não presto, a Ellen vale ainda menos”, é o que ele solta logo de cara, quando Tânia fica se perguntando como uma mulher tão incrível se deixou enredar por um sujeito tão vagabundo como ele. A cena ganha um flashback revelador onde o casal está num restaurante, trocando carinhos e, enquanto isso, Ellen dá uma de ladra e rouba a carteira de uma cliente na mesa ao lado. Com a carteira na mão, ela finge que vai ao banheiro e sai na boa, enquanto Vanderson, todo satisfeito, a segue. Essa dupla de “ladrões do amor” sai impune da situação.
Voltando para a conversa atual, Vanderson faz cara de quem comeu limão ao falar da filha. Segundo ele, tudo desmoronou quando Ellen engravidou. “Se ela não tivesse ficado grávida, duvido que tinha me largado. Ela sumiu pra ter essa menina”, afirma, com toda a frieza de um verdadeiro vilão. Tânia, chocada, pergunta: “Então você não queria ser pai?”. E a resposta do cara é de quem não tem a menor noção da responsabilidade: “Com a vida que a gente levava, não tinha como. Era uma vida boa! A gente se divertia, viajava, só hotel top e comida boa. Era uma lua de mel eterna! Uma criança só ia estragar tudo”, como se o papel de pai fosse uma verdadeira novela que ele não quer assistir.
Ao final do papo, Tânia escancara o que todo mundo já percebeu: “E estragou”. Vanderson, em vez de uma reflexão profunda, transforma esse ressentimento num desejo claro de confronto. “É isso que não me desce. Quero olhar bem pra essa Sofia. Quero ver por quem a Ellen me trocou”, diz ele, mostrando que enxerga a filha não como parte da família, mas como um empecilho para o estilo de vida que ele perdeu. Um verdadeiro drama familiar, não acha?
