Lauro César Muniz é um nome que todo mundo que curte uma boa novela já ouviu. Com 89 anos, esse mestre da dramaturgia bateu um papo esperto em uma entrevista e fez um panorama das novelas que rolam por aí, principalmente no horário nobre da Globo.
O papo não foi muito otimista: ele comentou que a qualidade das telenovelas atualmente deu uma escorregada. “É uma pena ver essa regressão. Antes, a gente tinha trabalhos que eram verdadeiras obras-primas!”, disparou Muniz, lembrando com nostalgia dos bons e velhos tempos da TV.
E não parou por aí. Ele também notou que, mesmo com um time de profissionais talentosos, os roteiros mais recentes andam decepcionando. “Já vi o mesmo autor entregando coisas incríveis e agora… bem, não sei o que aconteceu! Nos tempos antigos, nós tínhamos autores que sabiam inovar e trazer novidades”, comentou.
Lauro ainda frisou a importância de fazer os personagens evoluírem. “Hoje, os capítulos parecem um replay, e logo eles ficam no mesmo lugar. A estrutura das novelas precisa mudar com o tempo. O público adora rever certas coisas, mas também quer ver o desenrolar da história, com os personagens tomando rumos inesperados”, enfatizou.
E não se esquivou de falar sobre o que anda rolando na Record. Com a sinceridade que lhe é típica, soltou: “Agora, eles estão mais focados em fazer propagandas religiosas do que em produzir histórias impactantes. Isso não bate com o que o Brasil realmente precisa. Assim como não é bom trazer uma visão política única para a tela. A novela tem que ter seu espaço, e isso precisa ser feito com responsabilidade.”
Com uma carreira digna de aplausos na Globo e na Record, Muniz é o cérebro por trás de sucessos como “Espelho Mágico”, “O Salvador da Pátria” e “Poder Paralelo”, e continua de olho no gênero que ajudou a moldar por tantas décadas. Ele ainda acredita na magia da teledramaturgia e na capacidade de ela se reinventar!
