No último sábado, dia 21 de junho, Donald Trump, o homem que nunca perde uma oportunidade de brilhar nas redes sociais, confirmou que os Estados Unidos atacaram três instalações nucleares no Irã. Ele soltou essa bomba (sem trocadilho!) em sua plataforma, ressaltando que as operações miraram os conhecidos complexos de Fordow, Natanz e Esfahan.
“Acabamos com sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã”, disparou Trump na noite do ataque. Depois, foi ainda mais direto: “Fordow, se foi!”, como se estivesse anunciando uma nova atração de reality show.
Pelas informações, a jogada foi feita por aeronaves B-2 Spirit, que são os verdadeiros monstros das alturas, equipadas com munição de alto impacto. Em Fordow, foram lançadas seis bombas antibunker, enquanto Natanz e Esfahan viraram alvo de 30 mísseis Tomahawk. A Fox News fez questão de noticiar essa ação poderosa.
O presidente elogiou as Forças Armadas dos EUA: “Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora, é hora de paz.” É, bem otimista ele, não é? E para completar, Trump anunciou que faria um pronunciamento oficial um pouco mais tarde. As aeronaves já tinham saído do espaço aéreo iraniano em segurança, segundo as fontes oficiais.
Logo após a repercussão do ataque, os gringos do Irã não ficaram calados. Autoridades iranianas confirmaram que as instalações foram realmente atingidas e um comentarista da TV estatal até declarou que “todo cidadão ou militar americano na região é agora alvo legítimo.” Uma maneira e tanto de aumentar a tensão, não acham?
Essa ofensiva dos EUA se desenrolou em um contexto de conflitos entre Israel e Irã durante a semana. Israel já havia anunciado planos de atacar alvos nucleares iranianos em resposta a lançamentos de mísseis que atingiram cidades israelenses como Tel Aviv e Jerusalém.
Ainda naquela noite, Trump pegou o telefone e conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O presidente reafirmou o apoio dos EUA e disparou: “Esse é um momento histórico para os Estados Unidos, Israel e o mundo. O Irã agora deve concordar em acabar com esta guerra.” Claro, porque a conversa em torno da paz geralmente acontece após ataques, não é mesmo?
E não podemos esquecer que, em fevereiro, Trump já havia retomado sua famosa política de “pressão máxima” contra o Irã, com o objetivo de forçar uma renegociação do acordo nuclear. Agora, essa ação mais recente marca um novo capítulo de sua estratégia, colocando os Estados Unidos diretamente na linha de frente do furacão.