No remake de “Vale Tudo”, Matheus Nachtergaele brilha em uma performance de tirar o fôlego como Poliana, que se dá conta de que é assexual. A nova trama, escrita pela talentosa Manuela Dias, chega na hora certa, bem no mês do Orgulho LGBTQIA+, trazendo à tona uma orientação que normalmente não ganha muita tela na TV brasileira.
Na novela, Raquel (Taís Araujo) percebe que uma fornecedora está de olho no sócio e, curiosa com a apatia de Poliana, comenta com Aldeíde (Karine Teles). Essa conversa faz Poliana entrar numa viagem interna sobre o que realmente sente, e ela chega a compartilhar suas reflexões com a irmã. Matheus comentou: “Adorei que a autora quis investigar essa falta de vida pessoal e esse desinteresse por sexo e romance. Poliana não precisa da adrenalina do sexo para se sentir viva. O erotismo não dirige a vida de todo mundo”, disse ele, filosófico como sempre!
A assexualidade, o tema central da descoberta de Poliana, refere-se a pessoas que não sentem atração sexual ou apenas de forma bem sutil. E não, isso não é o mesmo que celibato ou repressão, mas sim uma orientação legítima e super natural, reconhecida dentro do espectro LGBTQIA+. A trama ajuda a quebrar tabus e faz o público refletir sobre o tema.
### Fortalecimento da representatividade em ‘Vale Tudo’
Apesar de estar mergulhado em outros projetos, como Renascer e Cidade de Deus: A Luta Não Para, Matheus decidiu encarar esse papel, em parte por causa da sua parceira de cena, Taís Araujo. “Foi minha primeira novela, e eu ganhei de brinde a Taís. Estava cansado, mas esse reencontro foi um baita incentivo”, revelou.
Na história, Poliana é a grande amiga de Raquel e a amizade deles espelha a conexão real entre os dois atores, que já brilharam juntos em “Da Cor do Pecado” lá em 2004.
Com a novela chegando ao fim em outubro, o ator já deixou claro que pretende dar uma pausa: “Quero desacelerar e aproveitar a vida para lembrar quem eu sou”.
A jornada de Poliana em “Vale Tudo” é um passo e tanto na forma como as novelas retratam questões identitárias, ajudando o público a entender que existem muitas maneiras de viver e sentir.
