Post Trauma: O Terrível Tiro à Queima-Roupas do Survival Horror!
Ah, a cena indie do survival horror! Crescendo como a erva daninha mais divertida do mundo dos games, graças a joias como Signalis e Tormented Souls. Agora, o novato da vez, Post Trauma, foi lançado pela Red Soul Games e publicado pela Raw Fury, prometendo dar sustos que até a mãe de alguém ficaria orgulhosa. Mas será que ele tem o que é preciso para entrar no panteão dos clássicos do terror?
O Jogo que Quis Ser Todos os Outros e Acabou Sendo Ninguém
Post Trauma quer homenagear os monstros sagrados do terror, misturando ângulos de câmera fixa com momentos em primeira pessoa. Na teoria, parece mais divertido que tentar descer a escada de uma casa assombrada no escuro. Na prática, é tipo fazer um doce e esquecer de colocar o açúcar: até dá pra comer, mas… Cadê o gostinho?
Apesar de se inspirar em titãs como The Evil Within e Silent Hill, o game acaba entregando uma casca vazia. A história parece ter sido escrita de madrugada após um sonho ruim: confusa e sem direção, não consegue nos conectar com os personagens. Mergulhar em um trem fantasma é divertido, mas em algum momento você espera que eles expliquem por que o personagem principal acordou nesse lugar amalucado.
Confusão à Vista: Uma História que Não Diz a Que Veio
Se a história fosse uma festa, ela chegou atrasada e acabou se perdendo no caminho. Com um protagonista, Roman, que é um guarda de metrô e passa o tempo em um vagão assombrado, a narrativa não oferece nenhum mapa, documentos ou aquele momento "Eureka!" que o survival horror adora usar. Assim, o jogador fica mais perdido que cego em tiroteio.
Até mesmo os coadjuvantes, como Carlos e Freya, entram e saem como se estivessem em um bar onde ninguém se importa com a conversa. E a história? Ah, essa continua em um suspense que só deixa a gente mais confuso.
Combate: Um Fracasso que Precisa de Mais Treino
E o combate? Vamos lá, Post Trauma! Não é que ele não tenha suas boas intenções, mas parece que o combate foi desenvolvido por alguém que só jogou survival horror enquanto cochilava. Sem sistema de mira, as lutas se tornam mais frustrantes que uma chamada não atendida. O resultado é uma luta engraçada e caótica, como ver seu amigo tentando dançar em uma festa.
Por outro lado, os quebra-cabeças tiram um pouco do peso e trazem desafios que fazem você pensar duas vezes antes de entrar em ação. Esses momentos são como um oásis em um deserto de confusão!
Uma Atmosfera Legal, Mas Cadê o Medo?
A atmosfera e os ângulos de câmera são, de fato, dignos de aplausos, mas em um jogo de survival horror, você espera mais que alguns sustos. A Red Soul Games fez uma obra que, apesar de tudo, parece uma tentativa bem-intencionada, mesmo que desajeitada. É como uma sobremesa que não entrega o gostinho, mas pelo menos apresenta um formato bonito!
No fim das contas, Post Trauma pode ser um passeio com seus sustos e quebras-cabeças, mas para realmente impressionar, precisa mergulhar de cabeça em sua narrativa e aperfeiçoar o combate. Caso contrário, será apenas mais um na lista de jogos que a gente esquece na prateleira!