A Justiça decidiu que a Globo vai abrir os bolsos e pagar R$ 500 mil a Roberta Rodrigues. Tudo isso após a atriz contar que passou por situações de assédio moral e discriminação racial nos bastidores da novela “Nos Tempos do Imperador”. E olha que não foi só ela: junto com Roberta estavam Cinnara Leal e Dani Ornellas, que também acataram que o diretor artístico, Vinicius Coimbra, fez questão de fazer diferença entre os atores negros e brancos, como se tivesse uma plaquinha do tipo “somente para brancos”.
A juíza Aline Gomes Siqueira, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, disse que a emissora criou um ambiente de trabalho bem tóxico e, por isso, o valor da indenização foi definido. Mas a Globo não foi totalmente atendida, já que Roberta pediu R$ 10 milhões (pode gritar “que isso, Brasil!”) e só conseguiu 5% disso.
A situação no set estava tão complicada que Roberta teve que se afastar por cerca de três meses. Em conversas por aí, ela até pensou em deixar a carreira, mas resolveu dar a volta por cima com novos papéis nas séries “A Divisão” e “Veronika”, disponíveis no Globoplay.
Mas a história não para por aí! Em 2022, durante o auge da pandemia, os atores negros tiveram que gravar enquanto os brancos receberam uma pausa, como se fossem figuras de um videogame que pulam a fase chata. Cada narrativa que escutamos é mais absurda que a outra: um colega do elenco até revelou que o diretor chegou a gritar algo do tipo “O elenco vem comigo, os pretos ficam” no estúdio, como se fosse de se esperar. E ao serem questionados, ele ainda teve a cara de pau de dizer que eles deveriam agradecer por estar “na fita”. Isso não é apenas falta de respeito, é falta de noção!
Não parou por aí, o roteiro da novela também levou sua dose de críticas, com trechos que parece que saíram de um museu do absurdo, romantizando a escravidão. A Globo teve que correr para contratar consultores para dar uma polida nessas falhas históricas.
Em defesa, a emissora negou tudo e ainda alegou que Roberta continuou trabalhando com eles depois da novela. No entanto, a sorte de Vinicius mudou: assim que as denúncias vieram à tona, ele foi afastado e, dois anos depois, despachado de vez. Afirmou que a demissão teve a ver com as acusações de assédio moral.
A Globo, em nota, usou palavras bonitas e renovadoras para falar sobre diversidade, assegurando que reconhece a necessidade de melhorar a forma como lida com temas sensíveis. Eles admitem que poderiam ter tomado mais cuidado na abordagem da questão racial na novela e que planejam aprimorar seus processos internos. Se isso não for um bom alerta para outras produções, não sei mais o que é!
Por fim, a emissora não se manifestou sobre a condenação, porque preferiu ficar em silêncio sobre o caso, que está nos “trâmites legais”, enquanto os advogados de Roberta também decidiram não falar, já que as informações estão sob sigilo. É, meus amigos, não tá fácil para ninguém!
