DEMOCRACIA EM TEMPOS DE CRISE: CELEBRANDO 40 ANOS DE REDENÇÃO OU ESCAPANDO DO CENÁRIO DE BARRICADA?
Sarney é o aniversariante, mas a festa tem gostinho de luta!
Neste sábado escaldante, o Brasil comemora 40 anos de redemocratização, mas a verdade é que a celebração se mistura com uma onda de tensão que assola o país! O dia é marcado pela posse do ex-presidente José Sarney em 1985, o homem que chorou a ditadura e chorou a volta da liberdade, mas se esqueceu de que a democracia não é um prêmio, e sim uma luta diária!
Tremendo no Panteão
A festança começa com uma homenagem a Sarney na Fundação Astrojildo Pereira, um verdadeiro desfile de figuras que marcaram a virada do país, porém, quem será que realmente vai levar os holofotes? O ex-presidente do Uruguai, Julio Maria Sanguinetti, e outros VIPs do poder estão na lista, mas a grande pergunta é: onde está o povo nessa história?
O Senado também entra na dança!
Logo mais, no dia 18, o Senado se prepara para uma sessão especial. Sim, é isso mesmo! Tudo para dar tapinhas nas costas do Sarney por “garantir a estabilidade” – mas e a estabilidade do trabalhador que briga todo dia pra comer? Descerra-se um honroso discurso do senador Jorge Kajuru, mas o que precisamos mesmo é de soluções e não só de homenagens!
Vem ainda mais por aí!
Na quarta-feira, a Câmara dos Deputados, em sua costumeira solemnidade, também fará reverência aos 40 anos da redemocratização. Deputados como Aécio Neves saem do papel de neto de Tancredo Neves para resgatar uma história de luta – mas a pergunta persiste: será que esta homenagem é verdadeira ou apenas mais uma lavagem de mãos do governo atual em tempos de tantas ameaças à democracia?
Uma festa ou um fardo?
40 anos de redemocratização poderiam ser motivo de festa, mas num Brasil de crises e incertezas, é hora de rifar discursos vazios e exigir que a democracia seja mais que um marco histórico. Que venha a comemoração, mas que não seja esquecida a luta diária da população! Viver a democracia é um desafio, e, ao que tudo indica, a batalha está mais viva do que nunca!
Prepare-se, porque o Brasil é quente e a luta pelo que é nosso também!